Era 1º de maio de 1994, quando o mundo inteiro ficou profundamente abalado quando o lendário piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna da Silva faleceu após um terrível acidente no circuito. O tricampeão mundial (1988, 1990 e 1991) deixou para trás uma família amorosa, uma namorada e um legado que desde então o transformou essencialmente em um ícone cultural, conforme explorado em ‘Senna’ da Netflix. Para ser sincero, o relacionamento com os pais é o que mais nos intriga, pois são eles os motivos pelos quais ele permaneceu com os pés no chão mesmo quando era o melhor dos melhores.
Nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, Brasil, na rica casa de Neyde Joanna Senna da Silva e Milton Guirado da Silva como filho do meio dos três, Ayrton sempre conheceu o amor. Assim, ele, assim como sua irmã mais velha Viviane e irmão mais novo Leonardo, desenvolveram empatia inabalável desde cedo, eventualmente transformando-os em pessoas que os outros admiram. A verdade é que o pai deles era um empresário de sucesso, com negócios que incluíam fazendas com gado, investimentos em terras e uma empresa metalúrgica, mas garantiu que seus filhos não fossem mimados.
Tendo aprendido com seus ancestrais, Neyde (ou Neide) e Milton incutiram valores como compaixão, trabalho duro e união em seus filhos assim que eles tiveram idade suficiente para entender. Afinal, enquanto a primeira é neta de imigrantes italianos que se tornaram empreendedores brasileiros, a primeira era filha orgulhosa de um espanhol zeloso, mas gentil, de Tíjola, na Andaluzia. Por isso, sempre fizeram com que os filhos se envolvessem em diversos tipos de atividades e aprendessem sobre os negócios da família, pois entenderam que mente vazia é oficina do diabo.
É imperativo notar que quando Neyde e Milton reconheceram a paixão de seu filho primogênito por carros e também por corridas, eles não perderam um segundo antes de encorajá-lo a seguir em frente. Ayrton tinha apenas 7 anos quando aprendeu a dirigir um jipe pela fazenda isolada de sua família com a ajuda de seu pai, além de aprender a mudar de marcha sem nunca usar embreagem. Então, aos 13 anos, ele pôde começar a competir em competições de kart depois que o patriarca da família construiu para seu filho seu primeiro veículo usando um pequeno motor de cortador de grama de um cavalo-vapor (CV).
Assim, embora Neyde e Milton tenham apoiado Ayrton durante seus dias de kart, as coisas mudaram à medida que ele envelhecia, porque seu pai esperava que ele continuasse os estudos e ingressasse nos negócios da família. É em parte por isso que o piloto regressou do Reino Unido após um ano em torneios de fórmulas de nível inferior (1981-1982), apenas para não conseguir abandonar o seu sonho ou as portas que ele abriu. Ninguém sabia na época que o brasileiro não apenas cumpriria suas ambições e chegaria à Fórmula 1 em dois anos (1984), mas também mais tarde se tornaria tricampeão mundial.
Quanto à reação de seus pais ao mesmo, embora estivessem preocupados com sua segurança e bem-estar a cada passo do caminho, também estavam infalivelmente orgulhosos de tudo o que ele estava conquistando em nome do Brasil. Em outras palavras, eles não se importaram que Ayrton escolhesse trilhar seu próprio caminho no final, mas se afastaram dos holofotes até certo ponto para proteger a privacidade e a sanidade de sua família. Tanto Neyde quanto Milton compareciam às suas corridas sempre que podiam, mas por causa das longas temporadas e das viagens, eles o assistiam principalmente pela televisão com os irmãos em casa, não importando o horário.
Embora a família de Ayrton estivesse totalmente desolada com sua morte repentina aos 34 anos, em 1º de maio de 1994, devido a um acidente durante uma corrida, eles sabiam que a melhor maneira de homenageá-lo seria manter vivo seu legado. Portanto, apenas seis meses depois, eles criaram a Instituição Ayrton Senna (também conhecido como Instituto Ayrton Senna), uma organização de caridade destinada a ajudar a criar todos os tipos de oportunidades para jovens brasileiros. Ele havia discutido a ideia com sua irmã apenas dois meses antes de seu acidente fatal, por isso foi formado sob a presidência dela e desde então tem ajudado milhares de crianças em todo o país.
Chegando a Neyde e Milton, em particular, este último infelizmente faleceu de causas naturais em sua casa em São Paulo, Brasil, aos 94 anos, no dia 27 de outubro de 2021, deixando para trás esposa e dois filhos. Desde então, Neyde tem preferido ficar bem longe dos olhos do público, por isso só podemos especular que atualmente ela está se concentrando na casa, nos filhos e também nos netos. Desde então, ela e Leonardo também conseguiram obter a cidadania italiana, o que significa que agora provavelmente dividirão seu tempo entre o Brasil e a Itália. No entanto, devemos mencionar que ela, compreensivelmente, ainda sente falta do filho que perdeu há mais de três décadas, a quem certa vez descreveu publicamente como a combinação perfeita de educado, inquieto e doce.