Rosa María Payá: Onde está o ativista cubano agora?

Crédito da imagem: Rosa María Payá Acevedo/Facebook

Dirigido pelo premiado diretor sino-americano Nanfu Wang, ‘Night Is Not Eternal’ da HBO é um documentário que enfoca a situação política em Cuba, principalmente através da perspectiva de Rosa María Payá Acevedo. O filme também acompanha sua luta pela liberdade enquanto ela levanta sua voz contra a injustiça por vários anos. Assim, é natural que surjam questões na mente dos telespectadores sobre diferentes aspectos de sua vida e seu paradeiro atual.

Rosa María Payá culpou o governo cubano pela morte de seu pai

Em 10 de janeiro de 1989, em Havana, Cuba, o ativista e chefe do Movimento de Libertação Cristão, Oswaldo Payá, e sua esposa, Ofelia Acevedo de Payá, deram à luz uma filha chamada Rosa María Payá Acevedo. Desde cedo, Rosa viu seu pai lutar pela liberdade do povo cubano, junto com seus dois irmãos — Oswaldo José e Reinaldo Isaías. À medida que crescia, herdou do pai dele um forte sentido de patriarcado e desejava desempenhar um papel na erradicação do comunismo.

No verão de 2012, principalmente no dia 22 de julho, Oswaldo Paya teria morrido em um acidente. Quando Rosa ouviu a notícia, todo o seu mundo virou de cabeça para baixo. Certa de que o governo estava envolvido no assassinato de seu pai, Rosa chegou a exigir uma investigação independente sobre o caso da morte de seu pai. Quando a Agência Internacional de Direitos Humanos se envolveu na investigação, descobriu que o governo cubano estava diretamente ligado ao assassinato. Para dar continuidade ao seu legado, Rosa continuou o seu activismo pelas reformas democráticas no país.

Rosa María Payá recebeu muitos elogios durante sua passagem como ativista

Além de se formar em Física pela Universidade de Havana e se formar no programa de Liderança Competitiva Global da Universidade de Georgetown, Rosa María Payá também fez um curso e estudou fotografia. Com o passar dos anos, sua carreira como ativista floresceu à medida que ele conquistou o apoio do povo cubano. Em 2009 já era membro do Conselho de Redação de Somos Liberación e parte integrante da Equipa de Coordenação do Movimento Cristão de Libertação (MCL). Em 2015, fundou uma organização internacional sem fins lucrativos chamada Cuba Decide, com o objetivo principal de trazer mudanças ao sistema político de Cuba. Nesse mesmo ano, foi nomeada presidente da Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia.

No ano anterior, ela foi aclamada como uma das 25 mulheres latinas mais poderosas de 2014 pela revista People en Español. Ela também teve alguns problemas com o governo do Panamá, pois foi detida em abril de 2014, antes da Cúpula das Américas, por sua ação de intimidação política. Tendo passado mais de uma década promovendo a democracia em Cuba, Rosa recebeu muitos prêmios e reconhecimentos de prestígio, incluindo o Prêmio Casa Cuba em Tampa, Flórida, o Prêmio Morris Abram de Direitos Humanos concedido pela UN Watch, o Instituto de Liderança Hispânica do Congresso ( CHLI) Prêmio Ileana Ros-Lehtinen de Liderança Internacional em 2020 por sua defesa e liderança global, e as Chaves para a Cidade de Miami.

A activista cubana também compareceu perante vários fóruns internacionais ao longo do seu activismo, como o Parlamento Europeu, a Cimeira das Américas, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos, para citar alguns. Em 2018, o ativista cubano tornou-se parte integrante da Iniciativa Global Americans New Generation of Public Intellectuals. Mais recentemente, Rosa mudou o seu foco para se tornar colaboradora de publicações periódicas como The Washington Post e CNN, a fim de amplificar a sua voz contra a ditadura em Cuba. Ainda lutando pela liberdade de seu país natal, ela dirige o Cuba Decide em Miami, Flórida, na esperança de reverter a situação.

Residente em Miami, Rosa María Payá continua a falar o que pensa sobre a situação política de Cuba

Veja esta postagem no Instagram

Uma postagem compartilhada por Rosa María Payá (@rosamariapaya)

Continuando a levantar a voz contra a ditadura em Cuba, Rosa María Payá reside na região de Miami com sua mãe, Ofelia Acevedo de Payá. De vez em quando, a dupla viaja de volta ao seu país de origem. Ainda sentindo o vazio que a morte do pai, Oswaldo Payá, deixou em seu coração, ela valoriza os momentos que compartilhou com ele e encontra inspiração no ativismo dele para dar continuidade ao seu. Em julho de 2024, ela se lembrou de Oswaldo no aniversário de sua morte.

Veja esta postagem no Instagram

Uma postagem compartilhada por Rosa María Payá (@rosamariapaya)

“Hoje completam 12 anos desde que os irmãos Castro mataram o meu pai numa tentativa desesperada de parar a sua luta pela liberdade, e falharam”, escreveu ela nas redes sociais. Além de falar contra a ditadura, ela também fala sobre como “o comunismo é responsável pela morte de mais de 100 milhões de pessoas”. Depois que Donald Trump foi eleito presidente em novembro de 2024, ela o parabenizou e disse: “Estou ansiosa para trabalhar juntos para apoiar nossa luta por 𝘓𝘪𝘣𝘦𝘳 𝘵𝘢𝘥 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘊𝘶𝘣𝘢, essencial para a paz e a prosperidade em nosso hemisfério.”

Some posts may contain affiliate links. cm-ob.pt is a participant in the Amazon Services LLC Associates Program, an affiliate advertising program designed to provide a means for sites to earn advertising fees by advertising and linking to Amazon(.com, .co.uk, .ca etc).

Copyright © Todos Os Direitos Reservados | cm-ob.pt | Write for Us