Em ‘ As meninas no ônibus ,’ acompanhamos as histórias de quatro jornalistas que acompanham uma candidata presidencial em sua campanha enquanto tentam obter os maiores furos que podem fazer ou destruir suas carreiras. Embora comece como uma competição onde as quatro mulheres se enfrentam, elas logo encontram um terreno comum, percebendo como as quatro têm que lutar contra noções preconcebidas, bem como contra seu passado, para provar seu valor como jornalistas. A cada episódio, suas histórias se tornam mais pessoais e o relacionamento entre eles se torna mais importante do que suas rivalidades. Considerando como o programa traz uma imagem realista do jornalismo de campanha, o público pode ter dúvidas sobre os personagens e se eles são baseados em pessoas reais. SPOILERS À FRENTE
Criado por Amy Chozick e Julie Plec, ‘The Girls on the Bus’ é vagamente inspirado no romance ‘Chasing Hillary’ de Chock. O programa recorre a personagens e situações fictícias, que têm traços de realidade, para contar a história. Os personagens Sadie McCarthy, Kimberlyn Kendrick e Grace Keene não são especificamente baseados em jornalistas reais. No entanto, eles são inspirados pelos colegas jornalistas que Chozick conheceu em sua jornada durante a campanha presidencial de Hillary Clinton.
Para a personagem Sadie, os criadores do programa pegaram emprestados elementos da vida real de Chozick, bem como das mulheres que ela conheceu e com quem trabalhou. Eles queriam apresentar um personagem que ainda fosse esperançoso e romantizasse os valores do jornalismo da velha escola, principalmente porque apresentaria um grande contraste com a variedade de outros protagonistas quando estivessem lado a lado.
Quando Chozick foi convidada para adaptar seu livro, ela e os criadores do programa sabiam que, embora o material original cobrisse a campanha de 2016, eles não queriam repetir a mesma coisa. Isso foi história, e isto é agora, e eles queriam focar em coisas que parecessem mais relevantes para o público, especialmente quando se trata dos conflitos em torno das crenças políticas. Eles queriam incluir conversas e discussões de diferentes aspectos e perspectivas, e é por isso que precisavam de personagens que não fossem apenas diversos em suas origens, mas também em suas crenças políticas.
Tendo descoberto a esperança da personagem de Sadie, os criadores se voltaram para alguém que é seu oposto, alguém que está na área há tempo suficiente para saber que não deve ser emocionalmente apegado aos seus temas. Isso levou à criação de Grace, que é a mais velha do grupo, o que também a coloca em contraste com a personagem Lola, que é a mais nova do grupo. Isto fez de Grace o rosto do jornalismo da “velha escola”, enquanto Lola representava a nova forma de jornalismo, que inclui o TikTok e as redes sociais, algo que Grace luta para aceitar. Também abre a porta para ela atuar como mentora e guia para os mais jovens, ao mesmo tempo que reflete sobre todas as maneiras como o jornalismo mudou desde que ela começou.
Embora as personagens Sadie, Grace e Lola apresentem a face liberal da política, com personagens de tendência mais democrática, foi essencial trazer a perspectiva do outro lado. É aqui que entra Kimberlyn. Os criadores se referiram a Candace Owens, uma conservadora, e outros jornalistas com o mesmo processo de pensamento. Sendo uma mulher negra e republicana, Kimberlyn traz uma nova perspectiva, equilibrando um grupo que de outra forma seria saturado pelos democratas.
Para trazer essa diversidade de personagens para a tela, as atrizes fizeram o dever de casa. Para entrar na pele de Sadie, a atriz Melissa Benoist leu o livro de Chozick, além de ‘What It Takes: The Way to the White House’, ‘The Boys on the Bus’ (pelo qual sua personagem é obcecada) e ‘Fear and Loathing’. : Na trilha da campanha '72', enquanto assistia a documentários como 'Jornada com George'. Esse material deu a ela uma noção suficiente de como é o jornalismo, especialmente para uma campanha, e quais desafios ele representa para uma pessoa.
Tendo tudo isto em mente, podemos dizer que as protagonistas de 'As Raparigas no Autocarro' são fictícias, embora tenham sido criadas à imagem de pessoas reais, especialmente mulheres, que têm a tarefa de reportar assuntos importantes que podem, muitas vezes, , mudar o curso da história.